z 06/05/2021 - DIA DAS MÃES: CONFIRA AS EXPECTATIVAS PARA O COMÉRCIO DE SJDR E BARBACENA

DIA DAS MÃES: CONFIRA AS EXPECTATIVAS PARA O COMÉRCIO DE SJDR E BARBACENA

Considerado como o “Natal” do primeiro semestre para o comércio, o Dia das Mães é tradicionalmente a segunda data mais significativa e lucrativa para o comércio de produtos e serviços no mercado brasileiro, perdendo apenas para o feriado natalino. Neste segundo ano de pandemia da covid-19, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima para o Dia das Mães um volume de vendas de R$ 12,2 bilhões em todo o país, o que representa aumento de 47% em relação ao resultado de 2020 (R$ 8,26 bilhões).

Em Minas Gerais, depois de mais de um mês com quase todo o estado na onda roxa do programa Minas Consciente, com grandes restrições ao comércio, grande parte do estado já progrediu para a onda vermelha, melhorando um pouco as expectativas para compensar as perdas dos últimos meses de crise.

A reportagem do Notícias Gerais ouviu entidades representativas do comércio nos dois principais polos econômicos e comerciais da região: Barbacena e São João del-Rei, e o posicionamento, apesar de otimista, é um pouco distinto entre o Sindicato do Comércio de Barbacena (Sindicomércio Barbacena) e a Associação Comercial e Industrial de São João del-Rei (ACI del-Rei).

Para o empresário Marcelo Leitão, presidente do Sindicomércio de Barbacena, há uma expectativa de bastante melhora em relação ao Dia das Mães do ano passado, tendo em vista que, em 2020, ainda nos dois primeiros meses da pandemia, o medo da população era maior, bem como as restrições. No entanto, os números ainda serão bem inferiores aos anos sem pandemia, uma vez que alguns setores do comércio que são aquecidos nessa época ainda estão sem renovação de estoque desde o início do ano, por causa desse último período de piora da pandemia, o que também pode se refletir em preços mais altos.

Marcelo destaca que não se sente confortável em fazer previsões, com exceção do aumento natural pelo dia festivo, que já ocorre tradicionalmente todos os anos. “O grande obstáculo este ano é o alto preço, principalmente pela falta de produtos, baixo estoque. E essas datas são muito importantes, vai ter crescimento de vendas histórico em um dia só, corresponde a vendas de muitos meses em setores como floricultura, vestuário, calçados, assim como na Páscoa se vende mais chocolate que no ano inteiro”, afirma.

O presidente da ACI del-Rei, José Egídio de Carvalho, por outro lado, se diz muito otimista com o Dia das Mães, que já é tradicionalmente muito rentável e, com a saída da onda roxa, as expectativas melhoraram ainda mais. “Como nós tivemos a felicidade de estar agora com boa parte do comércio reaberto, mesmo que de forma recente, já que retornamos para a Onda Vermelha somente nas últimas semanas, nossa expectativa é a melhor possível. Estamos muito otimistas! Até porque nesse período todo da pandemia houve uma evolução muito grande no que tange às vendas pela internet, o chamado E-Commerce, uma ferramenta importante para alavancar as vendas”, declara.

José Egídio também destacou que o ano de 2020 foi o pior da história para o comércio. “Não só nas vendas do Dia das Mães, mas de uma forma geral. Neste mesmo período estávamos no início da pandemia, ou seja, tudo muito novo, população em pânico, diferentes realidades para nossos empresários e o desafio de reestruturar o comércio para uma nova realidade”.

Importância da vacina

Egídio também tem no aumento da vacinação uma esperança de melhorias concretas. “A chegada da vacina também traz o prenúncio de novos tempos nos negócios e o reaquecimento da nossa economia”. Marcelo Leitão também destacou a importância da vacina, mas lamentou o atraso, que fez o que adiasse essa recuperação por muitos meses. “Por mais que o governo mude de posicionamento com relação à vacina, perdeu o timing, de 110 milhões de vacinas que poderiam ter sido compradas”.

O presidente da ACI del-Rei ainda explicou que o surgimento do novo coronavírus causou uma série de impactos, afetando diversos setores e provocando um cenário de incertezas que não era visto há muito tempo. Infelizmente, muitas empresas precisaram fechar suas portas e se adequar ao que tem sido chamado de “novo normal”. Alguns setores foram ainda mais afetados do que outros: academias, salões de beleza e barbearias; confecções, lojas de calçados, atrativos turísticos, hotelaria, entre outros. O comércio foi um dos segmentos que mais sofreu com o surgimento do vírus. “Com as portas fechadas, muitos comerciantes precisaram encerrar suas atividades ou se adaptar ao novo modelo de negócio”.

Novos modelos de negócios

No período, novos modelos de negócios surgiram e se fortaleceram. José Egídio afirma que, segundo levantamento da AppsFlyer, uma plataforma de monitoramento e mensuração de downloads e uso de aplicativos presente em 98% dos smartphones de todo o mundo, as ferramentas de delivery de comida cresceram 78% em instalações, isso só em 2020. 

“As vendas de supermercados também avançaram. O segmento representa mais da metade (50,8%) de todo o volume de vendas do varejo brasileiro e, por ser considerado um serviço essencial, tem funcionado praticamente sem restrições, absorvendo inclusive parte do consumo que antes era direcionado para bares e restaurantes. Além dos supermercados, os segmentos de artigos farmacêuticos, móveis e eletrodomésticos também já recuperaram o nível pré-coronavírus, com os lojistas conseguindo adaptar seus negócios para a venda online”, declara.

 

Foto: Scarlet Freitas
Fonte: https://www.noticiasgerais.net/dia-das-maes-confira-as-expectativas-para-o-comercio-de-sjdr-e-barbacena/

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